Compartilho com vocês o artigo publicado no Correio Braziliense do dia 05 de fevereiro de 2011
Newark e Nova York — A data de envio deste artigo ao Correio Braziliense coincide com a viagem de trabalho aos Estados Unidos para ações de divulgação da TV Brasil Internacional neste país onde vivem 1,5 milhão de brasileiros. As transmissões começaram em 15 de dezembro, quando todos nós, no Brasil, enfrentávamos o aperto de agenda típico dos fins de ano, agravado em 2010 pela transição de governo. O fato foi pouco divulgado aqui e passou batido no Brasil, onde as realizações da EBC raramente são registradas, a não ser quando a notícia é negativa.
Newark e Nova York — A data de envio deste artigo ao Correio Braziliense coincide com a viagem de trabalho aos Estados Unidos para ações de divulgação da TV Brasil Internacional neste país onde vivem 1,5 milhão de brasileiros. As transmissões começaram em 15 de dezembro, quando todos nós, no Brasil, enfrentávamos o aperto de agenda típico dos fins de ano, agravado em 2010 pela transição de governo. O fato foi pouco divulgado aqui e passou batido no Brasil, onde as realizações da EBC raramente são registradas, a não ser quando a notícia é negativa.
Passados os ritos, eu e o gerente operacional do canal, Phidias Barbosa, viemos agora aos EUA a convite da operadora Dish Network, que distribui o canal. Chegamos com a nevasca que atinge o país. Começo falando da comunidade brasileira local, que sabemos ser numerosa mas cuja visibilidade sempre surpreende. Em Newark, ela constitui verdadeira cidadela no Ironbound. O som da nossa língua ecoa pelas ruas e nelas você encontra lojas de pão de queijo, pamonha, self-services e churrascarias brasileiras. Elegemos o restaurante Casanova como ponto, seduzidos pela simpatia do dono José Moreira, mineiro de Ipatinga, que já nos recebeu com os telões do salão transmitindo o Repórter Brasil. Lá tivemos depois um encontro com os jornais, publicações e líderes da comunidade brasileira. Fico conhecendo, entre outros, os jornalistas Roberto Lima, do Brasilian Voice e Francisco Sampa, do Brazilian Press, o produtor Adnor Pitanga e o ativo publicitário José Nunes.
Na Dish, foi sorte contar com Vanessa Mael, brasileira que trabalha com canais de língua portuguesa. Mais que uma interlocutora, foi uma amiga. Ela programou encontro com os retaillers, os vendedores de assinatura e instaladores de antenas. Marcio Preto, outro mineiro, é o campeão entre eles. Depois, fomos com ela a Queens, visitar o enorme call center da operadora. Novamente a emoção de lá encontrar tantos jovens brasileiros, trabalhando em busca de algum sonho. Tarefa cumprida — instruí-los melhor sobre a programação —, a agenda mudou para Manhattan.
A neve e o frio aumentam. Passamos uma manhã com Edilberto Mendes, jornalista brasileiro que está em NY há 27 anos e é o editor do pioneiro The Brazilians. Como todos, ele gosta de nossa proposta, de incluir a comunidade na programação, o que já começamos a fazer no programa Brasileiros no Mundo, criado pela Marilena Chiarelli, quando ela ainda estava conosco. Entre chás e cafés, ele nos dá outras dicas. Algumas, vamos levar para o Max Gonçalves, nosso gerente de programação. Mais tarde, ele nos apresenta a esse empresário empreendedor e bem-sucedido que é o João de Mattos, criador do Brazilian Day, celebração local do 7 de Setembro. Nos últimos anos, a TV Globo teve a louvável iniciativa de apoiá-lo e transmití-lo. Ainda há contatos a fazer em NY e, se a nevasca permitir, iremos a Denver, Colorado, para reunião com a cúpula da Dish. Até aqui, valeu a pena.
O canal internacional da TV Brasil seria criado em algum momento, na linha do que fizeram todas as TVs públicas do mundo. É por meio desses canais que a nação se expressa, mesmo quando existem os canais comerciais. As três maiores emissoras privadas brasileiras têm os seus, como é sabido. Mas cabe ao sistema público de cada país realizar as transmissões que envolvem a nacionalidade. Quem acompanhou, viu que coube à TV pública chilena transmitir o resgate dos mineiros soterrados, assim como foi a TV pública argentina que transmitiu os funerais do ex-presidente Kirchner. A posse da presidenta Dilma foi transmitida internamente por um pool liderado pela EBC. A TV Brasil Internacional disponibilizou o sinal para o exterior, utilizado inclusive pela CNN.
A criação do canal, eu dizia, teria demorado mais se não fosse a cobrança dos emigrados, que hoje somam 3,5 milhões. Na conferência que o Itamaraty realizou em 2009, eles nos cobraram muito o canal internacional. Na de 2010, pudemos dizer que ele já estava disponível em 49 países africanos, 13 latino-americanos, nos EUA e em Portugal. Em breve, estará em muitos outros, levando informação e cultura aos brasileiros que vivem fora e fortalecendo o novo papel do Brasil no mundo.
Teresa, agregando sua informação: o futebol, na Argentina, também é da Tv Pública. Orientei um artigo científico sobre o tema. Interessando, peça-me.
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