Estou em Montevideo para a agenda bilateral de cooperação que envolve, neste encontro, Ciencia e Tecnologia e Cultura e Comunicação. O ministros Aluizio Mercadante e Ana de Hollanda lideram a delegação brasileira. O DocMontevideo é um grande encontro do audiovisual e dos organismos de comunicação pública da região e coincidiu com esta agenda. Para ele, especificamente, virá o Rogerio Brandão, diretor de Produção e Programação da TV Brasil.
Mas este nariz de cera todo foi para contar algo bem simples mas bem interessante. Chegamos meios famintos e fomos comer no mercado local. Fui com Grassi, presidente da Funarte, a secretaria Marta Porto, de Cidadania e Diversidade Cultural, do Minc, e o presidente da Bibilioteca Nacional, Galeno Amorim. O jogo Uruguai x Paraguai, final da Copa América, estava começando. O cordeiro foi traçado entre um gol e outro, quando tudo parava até que o furor passasse. Um furor bem parecido com o dos brasileiros em jogos decisivos, seja da seleção ou dos diferentes times. Gritos, fogos, vivas, urros. Garçons largavam a garrafa que estavam abrindo ou o prato que estavam levando a uma mesa e só retomavam o serviço depois de cada celebraçao.. Terminamos, pagamos a conta mas esperamos pelo fim do segundo tempo. Faltavam uns dez minutos. Os uruguaios nervosos como os brasileiros em horas parecidas. Gente roendo unha, fumando desesperadamente, bebendo sofregamente, esfregando as mãos, gritando com os jogadores no video como se pudessem ouvir...
Eles ganharam, a celebração tomou conta das ruas, nas quais jogam buscapés do alto dos eficios...voltamos a pé para o hotel, celebrando com eles. Quatro pessoas passando com indiferença até chamariam a atenção...Sou quase indiferente ao futebol mas fiz um esforço, imitando os vivas do Grassi, tomada por sincera emoção ao ver o quanto esta conquista foi importante para os uruguaios.
Nós, latino-americanos, no fundo tão parecidos... Parecidos mas desiguais, social e economicamente. Contras as assimetrias e pelo desenvolvimento mais equilibrado da região, temos a aposta na Integraçao e a cooperação regional, nasquais o Brasil tem mesmo que fazer uma boa e significativa parte da tarefa. Dever do mais rico, como não?
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