A
poesia resiste
(Publicado no Correio Braziliense)
O lançamento de um livro de
verdadeira poesia é sempre motivo para celebração:
já não há lugar para o poema em nosso tempo real,
duro e global, movido a informação. Não se publica
poesia porque os poetas estão em extinção. Ou será
o contrário? Volta a Ítaca, que está
sendo lançado pela parceria entre as editoras
Lacre e Boca da Noite, é um livro que nos devolve
o sonho helênico, matriz de todos os sonhos
ocidentais, nos versos do brasileiro Virgilio
Costa e nas gravuras da artista
plástica grega Artemis Alcalay. Como diz o poeta
Alexei Bueno em seu prefácio, o verso e o traço
ganham “uma simbiose perfeita e inarredável”.
A Grécia, seus deuses, mitos e heróis, inspiraram dezenas, talvez centenas de obras literárias, na prosa e na poesia. Boa parte delas centrada em Ulisses, em sua venturosa viagem de volta à ilha de Ítaca, enfrentando o mar bravio, os ciclopes, os dragões e o canto traiçoeiro das sereias. Os poemas de Volta a Ítaca cultuam esse universo não como pura evocação histórica, mas para falar de sentimentos e situações de nosso tempo.
Alguns, mais confessionais, falam de exílio, andanças por terras distantes, enfrentamentos políticos, o amor e as perdas, na experiência do autor. O mar é uma constante, plácido ou agitado. “É um viagem. Nostalgia. Noite no Mar Egeu. Barco de homens de pele queimada e estranha língua. A mesma face, a mesma raça”, ressaltam os versos de Virgilio.
O poeta, doutor em artes e humanidades, mestre em artes visuais, graduado em teoria da comunicação, é pesquisador em história da Casa de Rui Barbosa, ensaísta e pintor. Os desenhos de Artemis foram produzidos em Nova York de 1985 a 1995. “São frutos de árvores distintas, debaixo da mesma tempestade”, destaca Virgilio. A nostalgia pela Grécia e o sentimento comum de exílio refletido nos poemas do amigo criaram as bases para o livro, aponta Artemis. Um livro para ser sorvido, nos versos e nas formas. De volta a Ítaca será lançado amanhã, na Casa de Rui Barbosa, no Rio, com a exposição das gravuras. O lançamento em Brasília está sendo programado.
A Grécia, seus deuses, mitos e heróis, inspiraram dezenas, talvez centenas de obras literárias, na prosa e na poesia. Boa parte delas centrada em Ulisses, em sua venturosa viagem de volta à ilha de Ítaca, enfrentando o mar bravio, os ciclopes, os dragões e o canto traiçoeiro das sereias. Os poemas de Volta a Ítaca cultuam esse universo não como pura evocação histórica, mas para falar de sentimentos e situações de nosso tempo.
Alguns, mais confessionais, falam de exílio, andanças por terras distantes, enfrentamentos políticos, o amor e as perdas, na experiência do autor. O mar é uma constante, plácido ou agitado. “É um viagem. Nostalgia. Noite no Mar Egeu. Barco de homens de pele queimada e estranha língua. A mesma face, a mesma raça”, ressaltam os versos de Virgilio.
O poeta, doutor em artes e humanidades, mestre em artes visuais, graduado em teoria da comunicação, é pesquisador em história da Casa de Rui Barbosa, ensaísta e pintor. Os desenhos de Artemis foram produzidos em Nova York de 1985 a 1995. “São frutos de árvores distintas, debaixo da mesma tempestade”, destaca Virgilio. A nostalgia pela Grécia e o sentimento comum de exílio refletido nos poemas do amigo criaram as bases para o livro, aponta Artemis. Um livro para ser sorvido, nos versos e nas formas. De volta a Ítaca será lançado amanhã, na Casa de Rui Barbosa, no Rio, com a exposição das gravuras. O lançamento em Brasília está sendo programado.